Interação na leitura de textos
Na interação face a face, os gestos, os objetos e o ambiente, contribuem e facilitam a comunicação mutua dos interlocutores. Já na interação via texto, é de responsabilidade de ambos. Do autor esperamos algo no mínimo implícito, para que consigamos contextualizar a ideia.
A linguagem já foi caracterizada como “o instrumento mais eficiente para interferir na vida dos outros”. Não a linguagem, diríamos, mas o homem através dela, através de seu texto.
A principio não há reciprocidade e não há o confronto entre o autor e leitor, a responsabilidade de ambos se torna maior, porque através dos textos o autor deve provocar o interesse do leitor, para que ele deixe apenas de ser um recebedor e passe a ser também um construtor ou produtor.
O autor por sua vez, deve ser claro, na ideia que quer passar ou informar, ser relevante e acima de tudo, deve deixar pistas de reconstrução do caminho que ele percorreu, mesmo que de forma implícita, permitir que o leitor ao utilizar a leitura, perceba esse atalho. O autor deve escolher temas ou subtemas que possibilitem o entendimento. O método que ele escolhe para avançar e organizar seus argumentos e explicações pode estar explícita mediante o uso de operadores e conectivos lógicos, ou pode estar implícita, sendo então seu raciocínio inferível pela natureza e relacionamento dos argumentos.
Para um bom entrosamento, o leitor deve acreditar que o autor tem coisas importantes e relevantes a dizer. Quando obscuridades e inconsistências aparecem, o leitor através do senso critico deverá ou tentara resolvê-las, apelando ao seu conhecimento prévio de mundo, linguístico, textual. Isso implica buscar pistas textuais, ao invés de ignorá-las, porque não correspondem a nossas pré- concepções.
Uma leitura critica nos Possibilitada através das marcas da autoria, termos mais senso crítico, ser cético, porque é o ceticismo que nos faz buscar evidências