Intencionalidade fenomenológica

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INTENCIONALIDADE FENOMENOLÓGICA

A fenomenologia é, em sentido lato, uma escola filosófica fundada por Edmund Husserl. Num sentido mais estrito, é uma disciplina da filosofia que estuda os objectos e as estruturas da consciência purificada ou transcendental, i.e., da consciência cognitiva, e não da consciência individual ou empírica, à qual se reporta a psicologia. Trata-se, portanto, de uma investigação sobre a consciência em geral, comum a todos os sujeitos cognitivos plenos, independentemente das idiossincrasias psicológicas de cada um. Toda consciência é consciência de alguma coisa. Assim sendo, a consciência não é uma substância, mas uma atividade constituída por atos (percepção, imaginação, especulação, volição, paixão, etc), com os quais visa algo.
As essências ou significações (noema) são objetos visados de certa maneira pelos atos intencionais da consciência (noesis). A fim de que a investigação se ocupe apenas das operações realizadas pela consciência, é necessário que se faça uma redução fenomenológica ou Epoché, isto é, coloque-se entre parênteses toda a existência efetiva do mundo exterior. Na prática da fenomenologia efetua-se o processo de redução fenomenológica o qual permite atingir a essência do fenômeno. As coisas, segundo Husserl, caracterizam-se pela sua não finalização devida, pela possibilidade de sempre serem visadas por noesis novas que as enriquecem e as modificam.
Já Immanuel Kant diz que fenômeno que é de fato fenômeno, deve possuir duas propriedades elementares: Caracterizar-se no tempo e no espaço. No tempo, através da aplicação das categorias do entendimento a priori (uma dedução lógica da coisa) e em seguida a posteriori (o que pode ser identificado "positivamente" quanto a este objeto). Com a coisa inserida em um contexto temporal e espacial, está apta a receber todos os componentes da ciência a fim de estuda-la. E, para a aplicação dos diversos juízos da ciência (sintético/a priori; analítico/a posteriori), deve existir o ser

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