Inteligencia Competitiva
As pesquisas em teoria das organizações afirmam que as organizações criam e usam informação visando três objetivos estratégicos. Primeiramente, elas interpretam informações sobre o ambiente visando construir significado sobre os acontecimentos externos, que apresentam algum tipo de influência, e sobre os resultados de suas ações. Em segundo lugar, elas criam conhecimentos novos convertendo e combinando a especialização e a experiência de seus membros, visando o aprendizado e a inovação. Finalmente, elas processam e analisam informações para planejar e conduzir as ações decorrentes do seu processo decisório (Choo, 1998).
Nesse sentido, visando ampliar a percepção de incertezas ambientais, o processo de elaboração de cenários prosp00ectivos é um instrumento para buscar antecipar possíveis situações futuras (nas quais o ambiente organizacional poderá estar inserido), normalmente aquelas julgadas mais plausíveis (Porto, Nascimento, Buarque, 2001). Após a elaboração dos cenários, é necessário buscar indicadores e sinais de aviso no ambiente, com o objetivo de avaliar os cenários prospectados e a evolução dos mesmos
O processo de elaboração e avaliação de cenários prospectivos, como todo processo que coleta informação e a processa com vistas à redução das incertezas ambientais e também à tomada de decisão, é um processo de inteligência competitiva (Schwartz, 2004). Miller (2000) define Inteligência Competitiva (IC) como sendo a informação bem analisada utilizada como base para o processo de tomada de decisão. Para prosseguir sua conceituação, apresenta o conceito de inteligência definido pela Society of Competitive Intelligence Professionals (SCIP) como “... o processo da coleta, análise e disseminação éticas de inteligência acurada, relevante, específica, atualizada, visionária e viável com relação às implicações do ambiente dos negócios, dos concorrentes e da organização em si”.
Num mundo incerto, em constante e vertiginosa mudança,