Infinitésimo
Heidegger e referências
Infinito
Category: Vocabulário da Filosofia Submitter: Murilo Cardoso de Castro
Infinito
(gr. apeiron; lat. infinitum; in. Infinite; fr. Infini; al. Unendlich; it. Infinito). Este termo tem os seguintes significados principais, entre os quais existem algumas semelhanças: 1) Infinito matemático, que é a disposição ou a qualidade de uma grandeza; 2) Infinito teológico, que é a não-limitação da potência; 3) Infinito metafísico, que é a não-completude. 1) A concepção matemática do Infinito elaborou dois conceitos diferentes: d) Infinito potencial como limite de certas operações sobre as grandezas; b) Infinito atual como uma espécie particular de grandeza. d) O conceito de Infinito potencial foi elaborado por Aristóteles, que negava que o Infinito pudesse ser atual, ou seja, real, tanto como realidade em si (substância) quanto como atributo de uma realidade (Fís., III, 5, 204 a 7 ss.). Isto quer dizer que o Infinito não é substância nem propriedade ou determinação substancial, mas que "existe somente de modo acidental" (Ibid., 204a 28), como disposição de grandezas. Que disposição? Aristóteles dá dois significados fundamentais de Infinito: no primeiro, Infinito é "aquilo que, por natureza, não pode ser percorrido", no sentido de que não pode ser visto. No segundo, Infinito é aquilo que pode ser percorrido, mas não todo, pois não tem fim; nesse sentido, é Infinito por composição, por divisão ou por ambas (Ibid., III, 4, 204 a 3). Ora, o Infinito em sentido matemático é só este último, ou seja, o Infinito que pode ser percorrido, mas nunca de modo exaustivo ou completo. Neste sentido, o Infinito é tal "que sempre se pode tomar algo de novo, e o que se toma é sempre finito, mas sempre diferente. Assim, não se deve tomar o Infinito como um ser singular, como p. ex. um homem ou uma coisa, mas no sentido em que se fala de um dia ou de uma luta, cujo modo de ser não é uma substância, mas um processo que, apesar de finito, é sempre,