Industria sucroalcooleira no paraná
A indústria sucroalcooleira representa um segmento de extrema importância para a economia brasileira, decorrente da vocação nacional e da imensa tradição acumulada durante muitos anos desta atividade, além de se distinguir pela capacidade de síntese e organização dos agentes econômicos: industriais, comerciantes, agricultores e trabalhadores, que, ao longo do tempo, contribuíram para o fomento de novas tecnologias de produção, incentivando novas finalidades e assim novos horizontes para a expansão dessa indústria.
O setor canavieiro sempre esteve envolvido na economia brasileira. A cana-de-açúcar, através do açúcar, foi o primeiro produto cultivado com objetivo de exportação, ainda nos tempos coloniais. Dessa maneira, ao se tratar deste bem, deve-se ressaltar a experiência acumulada na produção de cana-de-açúcar, que permitiu o acúmulo de experiências que se refletem na composição dos custos envolvidos em sua produção em detrimento de outros países que também cultivam esse bem. Em outras palavras, é conhecido por princípios microeconômicos que quanto maior a experiência acumulada na produção de um bem, maior a tendência de redução dos custos de produção, implicando na existência de uma curva de aprendizagem.
A cultura da cana-de-açúcar, então, por motivos históricos e peculiares, se distingue da de outros países. Os esforços macroeconômicos, em especial a partir da década de 1970, para fomentar a produção de álcool, permitiram o aparecimento de soluções incomensuráveis de produção e uso de álcool como combustível, criando uma nova demanda e ainda uma base tecnológica mais versátil, uma “indústria mista” que permite a produção não somente de açúcar, como também de álcool e outros subprodutos, que não tem similaridade com a de nenhum outro país produtor.
Na safra de 2007/2008, segundo dados da Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (ALCOPAR), o Brasil produziu mais de 490 milhões de tonelada de cana-de-açúcar, sendo que o