Ciência
O desenvolvimento de modelos que contribuem para a investigação acerca da aceitação e uso da tecnologia ajuda a explicar e medir as diferentes configurações empíricas caracterizadas por grupos de usuários, tecnologia e contexto organizacional (Hu et al., 1999). Davis, Bagozzi e Warshaw (1989) destacam que, para explicar e incrementar a aceitação do usuário da TI é necessário, antes de tudo, desvendar o porquê de as pessoas aceitarem ou rejeitarem os computadores.
É a fim de contribuir para essa investigação que Venkatesh et al. (2003) desenvolveram a
UTAUT, considerado um dos mais completos modelos sobre aceitação da TI (Li & Kishore, 2006). A UTAUT é formada pela unificação dos principais estudos da área de aceitação da tecnologia, destacados por Venkatesh et al. (2003): a Teoria da Ação Racional (TRA); o Modelo de Aceitação da Tecnologia (TAM); o Modelo Motivacional (MM); a Teoria do Comportamento Planejado (TPB); o Modelo Combinado TAM-TPB; o Modelo de Utilização do PC (MPCU); a Teoria da Difusão da Inovação; e a Teoria Social Cognitiva.
Relativamente à UTAUT, Bandyopadhyay e Fraccastoro (2007) afirmam que ela justifica, em média, 70% da variância na intenção de uso da TI, tornando-se o modelo com maior explicação e/ou previsão de aceitação de uso individual da tecnologia. Já com relação aos construtos que o compõem, o UTAUT exibe como determinantes da intenção de uso da TI a expectativa de performance, a expectativa de esforço e a influência social, e como determinantes diretos do uso da TI, tem-se a intenção de uso e as condições facilitadas (Figura 1). Há também, conforme Venkatesh et al. (2003), quatro variáveis moderadoras da relação entre os construtos: gênero, idade, experiência e voluntariedade de uso (grau pelo qual o uso da tecnologia é voluntário ou livre, ou seja, não