Contextualização das práticas comunitárias com a matéria lecionada
Interligando a entrevista que tivemos oportunidade de realizar, com algumas teorias adquiridas através das aulas de Políticas Públicas e Sistemas Migratórios, associamos esta génese de mobilidade estudantil com a Teoria do Capital Humano, impulsionada por Becker, corria o ano de 1962. A teoria defende que os migrantes empreendem à mobilidade o objetivo de valorizar e enriquecer o seu percurso académico, ou dos seus descendentes. Esta teoria encaixa na perfeição nestas situações, e podemos aplicar tanto aos estudantes que chegam ao nosso país, como aos estudantes que vão, e pretendem ter exatamente a mesma experiencia e sentimentos que têm os que para cá vêm estudar – contudo, não podemos afirmar que o percurso académico é a única e principal razão para a emigração – os estudantes optam por participar nestes programas de mobilidade para também terem uma perspetiva de futuro – isto é, se a profissão pela qual optaram estudar terá mais futuro no estrangeiro, ou no seu próprio país. Esta emigração, para além de ser temporária, é vista como uma mera experiência de vida e estudo, pois a maioria dos estudantes que conhecemos, que participaram nestes programas, ou têm a oportunidade de estudar noutro país, não tenciona voltar para se fixarem – muito pelo contrário – exemplo disso é o próprio entrevistado.
Apesar de não ser óbvio, podemos também perspetivar a questão da mobilidade estudantil com a Teoria do Capital Social, conhecida também como Teoria das Redes, dada a conhecer por vários autores, em vários anos: esta diz-nos que os fluxos migratórios são bastante condicionados pela presença de comunidades do país de origem no próprio local de emigração – estas comunidades proporcionam uma maior facilidade de integração e adaptação. Não deixa de ser verdade, pois antes de escolhermos o nosso destino estudantil, tendemos a perguntar a pessoas da nossa área de estudos a sua experiência no estrangeiro, bem