Industria de extração oleo de soja
1.Introdução
A soja é cultivada basicamente para extração de óleo comestível e o resíduo é utilizado somente na alimentação animal e uma parte incipiente na alimentação humana. A proteína da soja é a mais barata do mundo e a baixa utilização na alimentação humana torna-se um desperdício, pois aproximadamente 60 milhões de pessoas estão desnutridas no Brasil. O processo de industrialização da soja inicia-se com o esmagamento e a extração do óleo. Após passar por processos de secagem, para retirada de umidade, e limpeza, o grão é quebrado e prensado em pequenas lâminas, que, transformadas em massa, são lavadas com solvente derivado de petróleo (hexano). O produto fica impregnado com óleo e posteriormente é feita a separação, por evaporação, passando ainda por um sistema de retirada de goma (degomagem) para alcançar o estágio de óleo bruto. A massa restante, após secagem e tostagem, resulta no farelo. A goma tanto pode ser utilizada para a produção de lecitina de soja quanta ser adicionada ao farelo. Este é o método usado por praticamente todas as unidades de esmagamento em atividade atualmente no Brasil, que nos anos 70 trocou a técnica de prensagem pelo uso do solvente. Algumas fábricas utilizam um extrusor para aumentar a densidade da massa e facilitar a extração do óleo. No início do processo industrial pode ser feita a retirada da casca do grão, resultando num farelo de maior quantidade de proteína. O destino do óleo é o refino, e o farelo vai para a alimentação animal, diretamente ou através das misturas feitas pelas fábricas de ração. O aproveitamento médio do grão é de 79% de farelo e 19,8% de óleo bruto.
A operação de esmagamento, a retirada do óleo e seu posterior refino merecem as maiores atenções quando se fala da complexa soja, seja porque a maior parte do produto é farelo ou porque a maior parte do óleo destina-se ao consumo doméstico de óleo refinado e à exportação de óleo bruto.