Indio
Durante toda história do Brasil, a figura do “índio” sempre foi diminuída. Algumas vezes, ele era apresentado como sinônimo de atraso cultural; outras, como selvagem, que atrapalhava o desenvolvimento econômico. Chegou a ser utilizado como mão de obra escrava e também foi retratado na literatura como um ser que vivia num paradisíaco “estado de natureza”, ou seja, mais próximo do natural. A isso chamamos de visão romântica, que até nossos dias muitas pessoas têm. Esse tipo de olhar sobre estes povos acabou direcionando as pessoas para uma compreensão equivocada sobre os indígenas: ou você é “índio” e vive como antigamente (na mata, pelado, caçando ou pescando, andando de canoa, vendo as horas passarem olhando o céu), ou você se integra à sociedade dita civilizada e deixa de ser“índio”. Para quem pensa desse modo, quando algum indígena estuda ou se destaca em algum setor da vida urbana (literatura, cinema, música, meio ambiente) ele logo é taxado de “civilizado”.
Pode parecer estranha essa afirmação, mas ainda é comum nos dias de hoje as pessoas pensarem que, ao usufruir dos recursos das cidades, os indígenas – e não simplesmente índios – deixam de ser o que são e passam a ser o que não são. Estranho, não? Mas é verdade.
Isso revela uma triste realidade: o Brasil não conhece