Inclusão
Revista da Educação Especial
Ano III
nº 4
Ministério da Educação
Junho de 2007
ISSN 1808-8899
Entrevista
Avanços dos direitos das pessoas com deficiência
Destaque
Síndrome de Down: princípios da inclusão não permitem isolamento ou segregação
Percurso escolar
A história de vida de uma aluna cega
Aprender e conviver na diversidade
EXPEDIENTE
EDITORIAL
Presidência da República
Nesse primeiro semestre de 2007, início do segundo mandato do Governo do Presidente Lula, a educação inclusiva integra a pauta dos principais debates educacionais que trazem à tona a discussão acerca de concepções e projetos de emancipação social. Um contexto que posiciona a educação diante do desafio de compreender a igualdade e as diferenças como ponto de partida das propostas educacionais e não como um resultado a ser alcançado numa perspectiva pedagógica igualitarista e homogênea.
O paradigma da educação inclusiva inverte a lógica do modelo de escola que atua para confirmar as capacidades hierarquicamente selecionadas e passa a entender o potencial presente na capacidade de cada um de construir conhecimentos, individual e coletivamente. Um novo estatuto epistemológico está sendo construído e revoluciona o entendimento e a prática de ensinar e aprender de alunos com deficiência. Não se trata de um novo caminho metodológico e sim de uma ruptura definitiva com as formas tradicionais de entender e lidar com o conhecimento. Com estilos e percursos teóricos diferenciados é o que nos dizem os artigos de Zan e Patrícia,
Anamaria e Carmen Lucia, Sandra e Shirley que abordam a educação dos alunos com síndrome de Down, autismo e surdocegueira, respectivamente.
A leitura desses artigos nos conduz a reflexão sobre o equívoco da organização de espaços segregados para o atendimento a alunos com deficiência estruturados sob a égide do modelo clínico, apontando novos caminhos e alternativas que convergem para uma proposta
educacional