inclusão
PRECONCEITO E FRACASSO ESCOLAR
Marilza Pavezi (UFAL) marilzapavezi2009@hotmail.com RESUMO: Este trabalho é um recorte da pesquisa de mestrado intitulada “Alunos com diagnóstico de deficiência mental leve, falam sobre sua vida escolar”. Trata-se de um estudo exploratório, que investiga as concepções de alunos com diagnóstico de deficiência mental leve quanto ao fracasso escolar a partir da análise da fala destes sujeitos. O aporte teórico para esta análise encontra-se na teoria Vygotskyana sobre a deficiência secundária, aquela que surge em função dos processos de significação em torno do defeito orgânico. Foi possível perceber evidencias da marca negativa do estigma de pessoa com deficiência mental e do preconceito que dele decorre, e inferir que o critério “talento individual” continua sendo considerado no meio escolar como definidor do sucesso ou do fracasso do aluno.
PALAVRAS-CHAVE: Deficiência Metal, Preconceito, Fracasso Escolar.
1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento do ser humano se dá pela interação com o outro, portanto a acentuação dos problemas decorrentes da deficiência primária pode ser analisada a partir das relações que se dão no meio social.
Fatores como o estigma, o preconceito e as exigências do mundo moderno podem trazer grandes prejuízos para o desenvolvimento e a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade.
Esta pesquisa privilegia a teoria vygotskiana no estudo do desenvolvimento humano comprometido pela deficiência mental considerando-a como não resultante do defeito orgânico em si, mas sim dos processos de significação que dele decorrem no meio cultural.
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A abordagem deste assunto intenciona alertar educadores para a naturalização do fracasso de alunos com algum tipo de deficiência como resultado de sua própria condição, ou seja, que tanto o fracasso como o sucesso acadêmico resultam da capacidade cognitiva do aluno, do seu “talento individual”.
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