Improvização
1)O Paralelo e o Derivativo: Duas visões da relação escala / acorde. A relação escala/acorde é fundamental para a compreensão tanto da construção quanto da cifragem de acordes, e também para o uso dessas escalas sobre esses mesmos acordes na improvisação. Existem duas concepções básicas para o entendimento da formação dos modos (escalas). Uma concepção entende as escalas ou modos como derivados ou gerados a partir de uma escala “mãe”, ex: a escala de Sol mixolídio é a escala de dó maior (mãe) iniciada a partir do quinto grau, em outras palavras geramos sol mixolídio a partir do quinto grau da escala de dó maior.
Sol Mixolídio
Dó Maior
1
2
3
4
5
6
7
8
Esse tipo de pensamento pode ser bem útil em algumas situações de improvisação, é bem comum dicas como: “para acorde dominante alterado (7alt) use uma escala menor melódica meio tom acima”, ou ainda “para m7b5 use uma escala maior meio tom acima”, se por um lado esse tipo de abordagem é bem prática em algumas situações, especialmente para improvisação, existe o risco de: “ver a floresta, mas não ver as árvores da floresta”, ou seja, não ter a verdadeira perspectiva dos intervalos e as possibilidades harmônicas específicas de cada tipo de escala ou modo, e conseqüentemente de cada tipo de acorde. Nesse tipo de abordagem sempre pensamos num modo ou escala em relação a outro modo, ou seja, pensamos em duas escalas. Esse pensamento onde os modos são gerados a partir de uma escala principal é chamado de derivativo (Goodrick, 1989). Outra maneira de entender as escalas ou modos é entendê-los paralelamente a partir da escala maior e sempre pensando a partir de uma mesma tônica, por exemplo: Dó maior: 1(dó) 2 (ré) 3 (mi) 4 (fá) 5 (sol) 6 (lá) 7 (si) 8 (dó); Dó lídio: 1(dó) 2(ré) 3 (mi) #4 (fá sustenido) 5 (sol) 6 (lá) 7 (si) 8 (dó); Dó mixolídio: 1(dó) 2 (ré) 3 (mi) 4 (fá) 5 (sol) 6 (lá) b7 (si bemol) 8 (dó).Através da alteração de um ou mais graus