implicitos
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Prof. Sérgio Barbosa de Souza
AULA4: COMUNICAÇÃO E IMPLÍCITOS (pressupostos e subentendidos)
A ARTE DE LER O QUE NÃO FOI DITO: PRESSUPOSTO E SUBENTENDIDO
Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas.
Na frase, o falante transmite duas informações de maneira explícita:
a) que ele frequentou um curso superior;
b) que ele aprendeu algumas coisas.
MAS...
Ao ligar essas duas informações com um “mas”, o falante comunica também, de modo implícito, sua crítica ao sistema de ensino superior, pois a frase passa a transmitir a ideia de que nas faculdades não se aprende nada. Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto é a verificação de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo: além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que ficam subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficazmente, o leitor deve captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos. Leitor perspicaz é aquele que consegue ler nas entrelinhas. Caso contrário, ele pode passar por cima de significados importantes e decisivos ou o que é pior pode concordar com coisas que rejeitaria se as percebesse. Não é preciso dizer que alguns tipos de texto exploram, com malícia e com intenções falaciosas, esses aspectos subentendidos e pressupostos.
PRESSUPOSTOS: são ideias não expressas de maneira explícita, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas na frase. Assim, quando se diz: O tempo continua chuvoso, comunica-se de maneira explícita que, no momento da fala, o tempo é de chuva; mas, ao mesmo tempo, o verbo continuar deixa perceber a informação implícita de que antes o tempo já estava chuvoso.
Pedro deixou de fumar.
Na frase, diz-se explicitamente que, no momento da fala, Pedro não fuma. O verbo deixar, todavia, transmite a informação implícita de que Pedro fumava antes. A informação explícita pode ser questionada pelo ouvinte, que pode ou não concordar com ela. Os