IMAGENS DE ORGANIZAÇÃO COMO CULTURA
Com a finalidade de planejar melhor as organizações e garantir seu funcionamento a longo prazo, é fundamental conhecer suas rotinas, reconhecer os pontos fortes e suas limitações. Para tanto, o sociólogo Gareth Morgan interpreta a organizações a partir de metáforas e as apresenta na obra Imagens das organizações como máquinas, como organismos, como cérebros, como cultura, entre outras. A definição de cultura, de forma genérica, inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e hábitos. No que diz respeito às ciências sociais, a cultura é um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais repassados por gerações. A metáfora de Morgan, que visualiza as organizações sob o prisma cultural e as define como minissociedades, defende que a engrenagem de funcionamento está baseada em seus próprios costumes, ideologias e crenças refletindo no comportamento e transformações corporativas, estratégia, liderança e administração. Essa linha de raciocínio requer considerar as variações culturais e o valor de conhece-las, assim como suas influências. Os aspectos culturais podem sofrer interferências diversas como etnia, religião, economia, raça, sexo, grupos de interesses afins; essas particularidades ficam evidentes a partir de uma análise externa sobre a interação entre os indivíduos que compartilham dos mesmo valores ou estão condicionados em prol de um objetivo comum, como no caso das organizações. A aproximação dos mundos econômicos estimulada pela globalização e o comércio internacional tornaram essenciais a especulação de contextos culturais diferentes, a atenção a cultura de empresas ou de membros oriundos de outros países que fazem parte de negociações ou da própria corporação. Japão é citado com uma cultura generalizada de cooperação e serviço, já os Estados Unidos enfatizam a competição. As mais antigas organizações trazem um conjunto de valores