Skovsmove
A NA MARIA SEVERIANO DE PAIVA
Universidade Severino Sombra, Brasil
ILYDIO PEREIRA DE SÁ
Universidade Severino Sombra - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
1.
Ideias centrais da educação matemática crítica
A palavra “crítica” gera muitas interpretações. Em nosso estudo, adotaremos a concepção de
Skovsmose (2008) ao afirmar que, para sermos críticos, devemos analisar e buscar alternativas para solucionar conflitos ou crises com os quais nos deparamos. Para desenvolvermos competência crítica, deveremos saber como e onde buscar as alternativas.
Um ensino de Matemática que valorize a Educação Matemática Crítica deve fornecer aos estudantes instrumentos que os auxiliem, tanto na análise de uma situação crítica quanto na busca por alternativas para resolver a situação. Nesse sentido, deve-se não somente ensinar aos alunos a usar modelos matemáticos, mas antes levá-los a questionar o porquê, como, para quê e quando utilizá-los.
Ao longo dos textos de Skovsmose (2001, 2007, 2008), percebe-se forte influência das ideias do educador brasileiro Paulo Freire como: a dimensão política do ato de ensinar e a perspectiva atribuída à educação matemática como uma prática de libertação.
Sintetizamos as ideias de Skovsmose acerca da Educação Matemática Crítica, quando, em um de seus mais recentes livros, afirma:
Eu estou interessado no possível papel da educação matemática como um porteiro, responsável pela entrada de pessoas, e como ela estratifica as pessoas. Eu estou preocupado com todo discurso que possa tentar eliminar os aspectos sociopolíticos da educação matemática e definir obstáculos de aprendizagem, politicamente determinados, como falhas pessoais. Eu estou preocupado a respeito de como o racismo, sexismo, elitismo poderiam operar na educação matemática. Eu estou preocupado com a relação entre a educação matemática e a democracia. (SKOVSMOSE, 2007, p.176).
Skovsmose (2007)