iluminismo e liberalismo
1. O legado do Iluminismo e do Liberalismo.
Iluminismo
No século XVII, a maioria dos europeus justificava os fenómenos naturais através da intervenção divina ou do diabo, onde o natural e o sobrenatural se misturam constantemente. Apesar desta mentalidade dominante, uma elite intelectual herdara do Renascimento uma mentalidade crítica e o desejo de aprender, onde o método experimental tornou-se fundamental para a construção do conhecimento. Os resultados obtidos através do experimentalismo conduziram a uma convicção de que o raciocínio humano era um prodígio. Esta crença no valor da razão humana como motor do progresso rapidamente ultrapassou o campo da ciência e aplicou-se, também, à reflexão sobre o funcionamento das sociedades em geral. São estes os principais eixos do Iluminismo, onde a Razão seria a luz que guiaria a Humanidade, sendo os seus principais propulsores Rousseau, Montesquieu e Diderot. De entre os principais contributos do Iluminismo salientam-se a igualdade, a liberdade, a separação de poderes e a soberania popular. A primeira advém da valorização da Razão, da qual são dotados todos os homens, independentemente da sua condição social, rompendo com a ordem social estabelecida e contribuindo assim para uma maior igualdade entre as pessoas. A liberdade foi amplamente difundida no Iluminismo, sendo considerada um direito inerente à natureza humana. Contudo estes dois valores entravam em contradição com a autoridade dos governos. Seria então necessária uma reestruturação política, baseada na soberania popular, ideia defendida por John Locke e Rosseau, e na separação de poderes, que advoga o desdobramento da autoridade do Estado em três poderes: ligeslativo, executivo e judicial, pois só a separação de poderes garantia a liberdade dos cidadãos. Estes ideiais exerceram uma grande influência nas revoluções liberais, que os adotaram como princípio fundamentais.
Liberalismo No