Sociedade e cultura inglesas
As transformações socio culturais da Idade Média
No início do séc. XI, deu-se a ultima das invasões às ilhas Britânicas, em 1066. Na sequência desta invasão, apesar de esta ter sido uma invasão aristocrática, uma vez que o Rei Guilherme, depois da vitória, fez uma partilha das terras dos anglo-saxões, pelos seus seguidores, houve algumas transformações a nível social económico e cultural. O Rei Guilherme, oriundo de uma região onde não havia fronteiras bem definidas, habitada por vikings e dinamarqueses, ainda com o espirito de conquista bem delineado, encontrou uma sociedade rica, culta, com tradições e com um sistema jurídico elaborado.
Nesta época o rei era a figura central e coordenava tudo, desde a política passando pela economia e pela cultura. Não é de estranhar que neste período na literatura existia um conjunto de romances, com a intenção de glorificar a monarquia e os seus valores sociais, normalmente com o apoio dos reis e da nobreza. Os romances, que tinham um conteúdo histórico estavam associados às tradições Britânicas com passado celta e bretão bem como aos mitos arturianos. As formas de arte, tal como vinham a ser efetuadas antes das invasões, eram desenvolvidas em mosteiros como por exemplo a iluminura e as tapeçarias.
Neste período houve uma transformação, também ao nível da língua. Por um lado tínhamos a nobreza que falava o franco-normando, que mais tarde passou a ser chamado anglo-normando, por outro lado tínhamos o povo que falava o inglês comum. O desenvolvimento da preponderância do latim, por parte da nova aristocracia, fez com que se desvalorizasse o inglês embora tivesse sobrevivido alguns poemas.
Os guerreiros, os senhores feudais, os eruditos, os artistas e os poetas viajavam frequentemente para o continente e até mesmo até á terra santa. Criou-se relações estreitas entre Inglaterra e França, facto esse que é demonstrado na literatura anglo-normanda, refletindo os costumes e as instituições da corte. Estas