III Diretriz sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio
Não se conhece o número de infartos que ocorre anualmente no Brasil. Estima-se em 300 mil a 400 mil casos anuais, ou seja, a cada 5 a 7 casos ocorre um óbito, o que confere a esta doença, nos dias atuais, elevada taxa de mortalidade, apesar dos inúmeros avanços terapêuticos obtidos na última década.
Para normatizar o tratamento do infarto agudo do miocárdio para os cardiologistas brasileiros, com o intuito de obter melhores resultados quer reduzindo a mortalidade quer reduzindo o tamanho da necrose miocárdica e a conseqüente morbidade, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publica, desde 1995, suas diretrizes de tratamento do infarto agudo do miocárdio, constituindo-se esta sua terceira versão.
Foram convocados cardiologistas de todo o país, de diferentes Estados, cidades e serviços, buscando sempre aqueles que têm se destacado e contribuído na área. Esta tarefa hercúlea foi distribuída entre 47 cardiologistas, dos quais 6 tiveram também a tarefa de coordenar, revisar e equalizar os distintos textos, e sem a fantástica colaboração de todos não se teria finalizado um documento tão atual e tão bem fundamentado.
Face aos novos conhecimentos acumulados nos últimos anos, não só na terapêutica como também nos mecanismos fisiopatológicos e mesmo nas novas indicações de fármacos já utilizados em Cardiologia, o Editor decidiu elaborar um texto totalmente novo e não apenas atualizar a diretriz anterior, publicada em 2000.
Assim, a III Diretriz sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio, ora publicada, representa as recomendações oficiais e atuais da SBC para o tratamento do infarto agudo do miocárdio, com base nas evidências disponíveis até o ano de 2004, referendadas pelos atuais colaboradores.
Para gerar um documento prático e de fácil