Infarto
Infarto Agudo do Miocárdio com supra do segmento ST
Lázaro Fernandes de Miranda
Especialista em Cardiologia pela SBC/AMB/CFM
Coordenador de Cardiologia do Hospital Santa Lúcia
Fellow Membership of American College of Cardiology
Doutorando em Cardiologia pela FCSFA
Antes denominado Infarto
Subepicárdio ou Infarto com onda Q ou Infarto Transmural, constitui hoje cerca de 48 a 60% dos casos de Infarto Agudo do
Miocárdio. É causado pela obstrução completa da coronária culpada, por ruptura de placa, hemorragia e coágulo (Figuras 1 e
2), razão pela qual urge a abertura imediata do respectivo vaso.
Aqui “tempo é vida”: cada 10 minutos de retardo, representam
120 dias de vida perdidos(1). O atendimento tem que obedecer a uma “fast track”, sem atrasos de qualquer natureza.
O seu tratamento diferencia-se da Angina Instável e do Infarto
Sem Supra de ST pela necessidade de abrir precoce e imediatamente a coronária agudamente ocluída, seja por meio de uma
Angioplastia com STENT ou com o emprego de substâncias fibrinolíticas. Já no Infarto Sem Supra de ST e na Angina Instável, estão CONTRAINDICADOS os trombolíticos, assim como a
Coronariografia, a depender da classificação de risco (baixo, intermediário ou alto), resultará em maiores benefícios, se realizada após 4 a 72 horas, com o paciente já estabilizado (TIMACS).
Os objetivos do tratamento do
Infarto Agudo do Miocárdio são:
»» Analgesia/tranquilização;
»» Aumentar a oferta de O2 e reduzir o seu consumo em nível do miocárdio;
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número 05 - dezembro de 2011
Figura 1. Placa rota, com trombo ocluindo 100% da luz coronariana.
IAM C/SSST INFERIOR
Figura 2. ECG com supra de ST em região inferior, com imagem em espelho em
D1, aVL e V1-V3
»» Restabelecimento/ampliação do fluxo coronário;
»» Alcançar
TIMI-3;
fluxo
miocárdico
Arco - Arquivos Centro-Oeste de Cardiologia
»» Manter a patência coronária;
»» Proteção celular, preservando miocárdio;
»»