IGREJA E HOMOAFETIVIDADE
Os meios de comunicação no Brasil, quiçá em outros países, aborda com relativa abundância as questões da homo afetividade. As novelas televisivas, por exemplo, abordam, constantemente, o tema nas mais variadas facetas por ele apresentadas. De igual forma, são evidenciadas as manifestações e, muitas vezes, ações pró e contra esta opção. Nas esferas governamentais leis são discutidas e normas são criadas na apreciação da nova realidade. Nova a discussão, a preocupação com a evidencia de um fato por séculos mascarado, evitado até mesmo. Nas conquistas já alcançadas, muitos seguimentos ainda se esforçam por retrocesso, como por exemplo, a anulação das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, direito recentemente alcançado.
Nos meios religiosos as opiniões se dividem e se multiplicam. Algumas aceitam sem restrições. Outras evitam questionamentos e assumem posição de neutralidade. As instituições cristãs protestantes, interesse principal deste ensaio, onde a grande maioria de adeptos, líderes ou não, embasam-se na moral cristã tradicional evidenciam-se contra a opção homo afetiva. Em função desta percepção, causou surpresa a constatação da existência de grupos religiosos com características do cristianismo protestantes em várias cidades brasileiras, as chamadas igrejas inclusivas. Notória é a participação desses grupos nas manifestações públicas do ainda chamado “movimento gay”, como as “paradas” sucessivas em vários pontos do país. Essas igrejas representam-se, marcam sua presença e exibem sua crença, em meio às mais variadas reivindicações abrangentes à homo afetividade. Todavia, frise-se, não ser privilégio brasileiro a existência tanto de movimento gay, como das igrejas inclusivas. É fato de dimensão global. Numa busca rápida nos sítios de informação, na rede de computadores, facilmente depara-se com alentado arquivo de igrejas inclusivas agregadas a já inúmeras instituições e em vários