Kit Gay
Por Ana Kelvia de Souza
Há muito tempo se é defendido que o direito de igualdade consagrado pelo ordenamento jurídico, pela Constituição Federal no caput do artigo 5º (“Todos são iguais perante a lei), deve sobrepor-se a qualquer preconceito cultural ou religioso. Tais elementos, apesar de integrantes da vida em sociedade, devem ser relativizados quando o assunto é assegurar isonomia entre as pessoas.
A questão que mais se contende, por alguns como tabu e por outros como pecado, é a questão da homoafetividade. O percentual de pessoas que se consideram homo, bi e até trissexuais é cada vez maior, de 2% a 7%, no IBGE 2010 foram declarados 60 mil casais homossexuais, o que mostra que alguma influência vem sendo exercida para que haja essa monstruosa taxa. Mas qual seria o motivo de tamanho descontentamento com o aceitar-se hétero? Algumas entidades tentam dar a resposta.
Para o Cristianismo a prática homoafetiva já vem sido praticada e condenada desde antes de Cristo (1CO 6.10v: “Não erreis: (...) nem os efeminados, nem os sodomitas, (...) herdaram o reino dos céus.”). Os Sodomitas aqui citados são os descendentes da cidade de Sodoma, a qual é narrada na Bíblia no livro de Gêneses sendo destruída por Deus com enxofre e fogo por causa dos pecados de seu povo, dentre esses pecados o dos efeminados, ou como se diria hoje dos homossexuais. Para os cristãos está acontecendo uma banalização da vontade de Deus, pois acreditam que o homem foi feito para a mulher e a mulher para o homem, e qualquer relação entre sexos iguais que não seja amizade é usurpação do que Deus criou. Hoje, mesmo sem a aceitação da igreja, já se encontram gays que se intitulam pastores ou vice-versa, os mesmos lutam junto com o Estado para que haja uma aceitação no meio evangélico, como por exemplo, a PL122 que dá aos homossexuais o direito de se casarem em igrejas cristãs. Mas o que assusta mesmo os cristãos, principalmente os evangélicos, é a