ideologia alemã
A história do filme trata de um tema que é tanto de cunho político, como também, histórico-cultural. Tudo começa quando um professor de história inicia um projeto em torno do tema – Autocracia, onde uma pessoa ou um grupo delas detém o poder.
O que começou como uma brincadeira teve resultados maléficos para quem se integrou àquele grupo. Da mesma forma que um regime ditatorial, os alunos criaram uma sigla, um uniforme e uma saudação. Quem fosse contrário ao movimento sofria consequências e exclusão social. Isso remete ao acontecimento histórico na Alemanha: O nazismo. O professor Rainer Wenger era a figura de maior poder (assim como Hitler). Quem aderia ao movimento deveria idolatrá-lo e respeitá-lo. Toda ditadura precisa de um líder e todo líder precisa de um povo. No caso do filme, o povo – que eram os estudantes- votaram democraticamente a favor do nome e a favor do movimento. Isso quer dizer que se o povo não fosse fiel a um líder, e não tivessem aderido à ditadura, milhares de vidas seriam poupadas. O povo, tanto quanto o governo, tem uma parcela de culpa na dizimação de vidas nos momentos ditatoriais.
Os alunos buscam na onda a resolução para os seus problemas. Eles a veem como um grupo, uma família. Os nerds são protegidos pelos integrantes da onda, as pessoas fazem amigos, adquirem disciplina e eles começam a perceber o quão valioso é fazer parte de algo tão importante. O poder sobe a cabeça das pessoas. Assim como aconteceu com um dos alunos que no final do filme não consegue ver o fim da “onda” e atira no seu colega. Toda essa analogia com as ditaduras passadas faz com que reflitamos. Se essa autocracia fizesse parte do nosso meio, será que reagiríamos da mesma forma?
A questão é que da mesma forma que acontece no filme, as pessoas são levadas a fazer aquilo que a massa acredita ser o certo. Se você vai contra o poder supremo, contra o que a maioria pensa ser o certo, você é excluído e