Resumo do Livro Ideologia Alemã Em uma época de capitalismo explícito e globalização opressora e das novas ideologias que afirmam o fim da história e o fim das ideologias, nada mais esclarecedor do que uma volta ao clássico que nos ajudará a pensar e a refletir sobre o momento que estamos vivendo. A Ideologia Alemã (1845/1846) foi uma das primeiras obras que os autores escreveram a quatro mãos. Nela aparecia a primeira exposição do materialismo histórico: "O modo de produção da vida material determina o caráter geral dos processos da vida social, política e espiritual. Não é a consciência dos homens o que lhes determina a realidade objetiva, mas, ao contrário, a realidade social é que lhes determina a consciência." No Prefácio da Contribuição á Crítica da Economia Política (1859) Marx expõe as razões que o levou, com Engels, a redigir A Ideologia Alemã. Contudo, só em 1932 os manuscritos integrais serão retirados dos arquivos e publicados ao mesmo tempo em Leipzig e Moscou. A obra é fortemente polêmica e totalmente alusiva aos debates filosóficos nos quais os jovens hegelianos se digladiavam. O primeiro diagnóstico que os autores do livro abordado realizam logo no prefácio é o de que os seres humanos sofrem de um auto-engano sobre o juízo que fazem de si mesmos. Isso porque partem do mundo das idéias (isto é, o paradigma socrático-platônico-hegeliano) e, por isso mesmo, há um falseamento da realidade objetiva. Na seqüência, contextualizam a crítica no espaço (Alemanha), no tempo (século XIX), e apresentam os personagens específicos (os filósofos neo-hegelianos, o povo e a burguesia alemã). Quanto ao procedimento, dizem que a sua crítica está direcionada a tais filósofos que, no inverso do que diz a fábula do Esopo, se fazem de lobos ferozes (na retórica), mas na verdade são inocentes úteis e justificadores da ação da burguesia alemã. Finalizam com a história do bom homem que com que com