Identidade cultural
A globalização conduziu-nos à filosofia do poder e a lógica predominante é a da obtenção do poder, de preferência o absoluto. Não interessa como. A questão não se coloca no campo da imoralidade. Tudo funciona na amoralidade.
Há que se combater a violência em todas as suas formas. Não somente a violência física, aquela que faz um ser humano lançar-se sobre o seu semelhante, mas, também, a violência institucional, essa comandada pelo Estado, com a complacência de toda a sociedade. Desse modo, as gritantes contradições de classes – veja-se, por exemplo, uma pessoa enormemente rica e outra extraordinariamente pobre – emergem como a mais sutil e cruel face da violência, aparecendo como natural ao nosso próprio ser-no-mundo. Acostumamo-nos a ver pobres e ricos e nem sequer nos perguntamos pelas causas reais para tantas e cruéis contradições.
O discurso filosófico é construído visando uma racionalidade rigorosa com o objetivo de fundar a racionalidade de uma determinada escolha de vida. Seja qual for a escolha (do bem, do prazer, da intenção moral, da vida segundo o intelecto), cabe ao discurso filosófico, num esforço de conceitualização e sistematização, desembaraçar com precisão os pressupostos, as implicações, as conseqüências de tal atitude, elaborando uma física, uma ética e uma