identidade cultural
Autor: Kênia Kemp
Pensando socialmente, consideremos que o conceito de identidade é atravessado por outros, como grupo social e cultura. Entretanto, a partir de um certo momento de nossa trajetória pessoal de vida, é possível negociar com essas limitações anteriores, pois a cultura é pautada pelo movimento.
Esse movimento de manipulação de coisas previamente dadas pelo ambiente social deve-se à nossa capacidade de re-significar experiências, mesmo que repetitivas. Assim, falamos de constituição das identidades como “processos de identificação”: as experiências cotidianas nunca cessam de proporcionar situações que nos demandam escolhas e posicionamento em relação a condutas e valores, tanto os pessoais como os alheios. Nós e os outros, os semelhantes e os diferentes: as noções que construímos socialmente de igualdade e diferença são a moeda do jogo de construção de identidade.
Considerando os fatores que interferem nesse processo: a categoria de idade, a participação em grupos, o desempenho de papéis socialmente reconhecidos.
Tais fatores são responsáveis pela construção da identidade que cada sujeito se atribui, bem como a que os outros reconhecem em alguém, e que nem sempre são coincidentes. Identidade nacional, de classe, de grupo, profissional, de gênero: todas elas nos remetem à forma como os sujeitos percebem e participam de suas culturas.
Biologia, psicologia e antropologia: As rotulações sociais fazem parte de um jeito de categorizar as identidades culturais na sociedade contemporânea e resultam de uma combinação complexa entre origens biológicas, opções sexuais, padrões de consumo, tradicionalidade, idade, classes sociais, localização geográfica, e muitas informações de senso comum. Na vida em sociedade utilizamos constantemente essas referências, seja para afirmar nossa identidade, seja para localizar o outro. Ao lado dessas práticas, há várias maneiras de pensá-las. Algumas versões disciplinares se