idade moderna
INTRODUÇÃO
O percurso do ensino de Psicologia Social no Brasil é, até hoje, pouco conhecido. A escassez de documentos escritos e de registros audiovisuais aliada à raridade de pesquisas em relação à temática abre lacunas na compreensão das práticas educativas em Psicologia Social. Os parcos registros documentais existentes em relação à primeira metade do século XX, no Brasil, só permitem trazer à cena vestígios dessas práticas, restringindo as informações ao teor temático e metodológico e às influências teóricas. O que se propõe nesse momento é articular os desdobramentos desses registros existentes que - quer pelo pioneirismo, quer pela relevância - marcaram o trajeto do ensino de Psicologia Social no país.
Elegem-se, assim, quatro cursos de Psicologia Social que, em suas diversidades, apontaram o momento de imprecisão, fragilidade e construção do campo científico. São eles: o curso ministrado por Raul Carlos Briquet, no segundo semestre de 1933, na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo; o curso ministrado por Arthur Ramos, em 1935, na Escola de Economia e Direito da extinta Universidade do Distrito Federal situada no Rio de Janeiro; o curso ministrado por Donald Pierson, na década de 1940, na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo; e o curso de Psicologia Social e Econômica, ministrado por Nilton Campos, na década de 1950, na Faculdade Nacional de Ciências Econômicas da Universidade do Brasil. HISTÓRICOS CURSOS DE PSICOLOGIA SOCIAL NO BRASIL
O pioneiro curso de Psicologia Social ministrado por Raul Briquet na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo resultou na publicação do seu livro Psicologia Social (1935). Nessa época, Raul Briquet já formava, juntamente com Roberto Simonsen, Jorge Street, Armando de Sales Oliveira, Pacheco e Silva e André Dreyfuss, a lista dos mantenedores da Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo, que acabou sendo anexada à