Hospitalar
É importante que os profissionais do Suporte Básico à Vida (SBV) que realizam o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) de crianças conheçam as
especificidades do paciente pediátrico, visto que a criança apresenta características físicas, anatômicas e fisiológicas, muito específicas que variam de acordo com a idade e a diferenciam do adulto em vários aspectos. A abordagem do paciente pediátrico durante o atendimento pode oferecer dificuldades para a equipe, pois a criança, diante de uma situação adversa, frequentemente se apresentará amedrontada, ansiosa, chorosa e/ou agitada, especialmente se estiver separada da família. Os profissionais certamente encontrarão dificuldades para realizar a avaliação clínica na vigência de choro e agitação, especialmente para a aferição dos sinais vitais. Dessa forma, é importante que a equipe tente acalmar e conquistar a confiança da criança, o que requer, muitas vezes, que esta seja avaliada no colo do familiar, o que facilita sua cooperação e evita agitação, desde que não se caracterize uma situação de trauma. A criança vítima de trauma requer atenção especial das equipes de APH. O atendimento pré-hospitalar e a estabilização inicial são semelhantes aos do adulto, seguindo os critérios de prioridade do ABCDE da reanimação, e o transporte para o hospital deve ocorrer após os primeiros cuidados na cena do acidente. Entretanto, para prestar esse atendimento, devem ser lembradas as especificidades da faixa etária pediátrica. As principais características que devem ser do conhecimento dos profissionais do APH para o adequado atendimento da criança, especialmente àquela vítima de trauma são:
*LUCIMAR APARECIDA FRANÇOSO Pediatra e Hebiatra. Mestre e Doutora em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Professora assistente da Santa Casa de Misericórdia de São