hospital psiquiatricos desativados
Gestor do Mental lamenta fechamento após 43 anos
Jornal Cruzeiro do Sul de 0322015 on line (publicado em 02215)
Carolina Santana
Fundado por um casal de médicos paulistanos em 1971, o Hospital Mental Medicina foi o primeiro a ser fechado em Sorocaba depois da assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público e o município. Por determinação judicial, fruto de ação movida pela Prefeitura, as 218 pacientes moradoras da instituição foram transferidas para o Hospital Psiquiátrico Vera Cruz, polo da desinstitucionalização na cidade, em julho do ano passado. A instituição, antes de ser fechada, ficou cinco meses sem receber valores do Fundo Nacional da Saúde que deveriam ser repassados pelo município. Gestor do hospital, David Haddad é crítico da forma como a desinstitucionalização está sendo feita na cidade e cita experiências desastrosas em outros países e outros hospitais brasileiros que tiveram de ser reativados. Hoje há planos de que as instalações do Mental sejam transformadas em hospital geral de média complexidade.
Foram 43 anos trabalhando exclusivamente com mulheres portadoras de doenças ou transtornos mentais. Haddad explica que o fato de o hospital trabalhar apenas com pacientes femininas atende regras internacionais de psiquiatria. "Pacientes psiquiátricos são inimputáveis e a doença em si deixa o comportamento sexual comprometido e sem discernimento. Com toda certeza é proibitivo o convívio de pacientes de sexos opostos, exatamente pela dignidade e respeito aos pacientes e pela segurança, moral e o princípio da dignidade humana", avalia. Ele lembra que, a mando do Ministério Público, a polícia instaurou inquérito para investigar uma denúncia de estupro no Vera Cruz e afirma que isso é resultado da convivência entre pacientes de sexos diferentes. O pedido foi feito por todos os promotores da Vara da Família em Sorocaba.
As dificuldades financeiras do hospital, que hoje