Hospitais Psiquiatricos - parecer
A partir daí, o manicômio configura-se como uma instituição total (Goffman), "pois o internado vive todos os aspectos de sua vida no edifício do hospital, em íntima companhia com outras pessoas igualmente separadas do mundo mais amplo". Nesses moldes, os hospitais psiquiátricos eram passíveis de muitas críticas, ao passo que muitas das práticas ali desenvolvidas intervinham no paciente como um objeto, e não como uma pessoa que possui sentimentos e emoções. Nesse sentido, o afastamento dos pacientes internados e o tratamento dado a eles potencializou a identificação do doente pela sociedade dita “normal” como objeto, sem vontade ou até mesmo personalidade.
Frente a essas observações surge o movimento antimanicomial que somam questionamentos acerca do modelo asilar de tratamento aos sujeitos em condição de sofrimento psíquico grave e luta pela humanização dos tratamentos e serviços prestados aos doentes mentais, por meio da desinstitucionalização da psiquiatria e substituição dos hospitais psiquiátricos por equipamentos alternativos, como os Centros de Apoio Psicossocial.
Porém, existem opiniões contrárias a tal movimento, como o psiquiatra Valentim Gentil Filho, que apresenta resistência, pois argumenta que