Homem e música em uma perspectiva fenômenologica
A música está presente na existência e manifesta-se das mais variadas formas, e é concebida de diferentes maneiras, cultural, artística, educacional e terapêutica; ela é universal e tem a capacidade e o poder de integrar e articular pensamentos e saberes distintos e distantes, favorecendo a universalidade e transcendendo o paradigma reducionista que limita e incapacita a compreensão da vida e do mundo. A música é composta por vários aspectos estruturais, tais como, melodia, harmonia, ritmo, tempo, sons etc. Sendo que a estrutura musical formada pelos aspectos citados se constitui pela integralidade dos mesmos, sendo caracterizados pela totalidade, pela multiplicidade organizada, que também remete a natureza de outros processos que estão envolvidos na música, os processos perceptivos, motores, cognitivos, psíquicos, emocionais e espirituais, todos entrelaçados de uma forma fantástica e fenomenal, então percebemos que a música é parte integrante na natureza e na existência humana, pois o homem é um entrelaçamento de múltiplos componentes.
A música, o canto, a expressividade compreensiva, a expressividade compreensiva-e-motora, corpoativas, a dança, são dimensões ontológicas da natureza não humana, do mundo feito pelo homem, do humano em sua especificidade e propriedade. Não são, definitivamente não são, apendiculares ou facultativos. São indispensáveis ao corpo, indispensáveis à existência, indispensáveis à natureza, indispensáveis ao mundo, indispensáveis à qualidade de vida, e à capacidade para a vivência e expressividade das potências, das possibilidades e possibilitações da ação: para a atualização: atualização que configura o processo pelo qual tornarmo-nos o que somos através da ação. (FONSECA, 200?, página eletrônica).
Em uma perspectiva fenomenológica e existencial, o processo pelo qual tornamo-nos o que somos não se constitui de forma fragmentada,