A criação do estado da palestina
Desde 1848, quando os judeus retornaram àquela região às margens do mediterrâneo, e estrategicamente situada entre as nascentes do Rio Jordão e o Mar Morto, que esse se tornou um dos territórios mais disputados da geopolítica mundial.
Mas será impossível entender os motivos de tamanha disputa sem retomar a história e procurar compreender que esse conflito tornou-se possível por dois motivos de caráter internacional e de profundas alterações geopolíticas na segunda metade do século XX.
Também este é um dos vários problemas surgidos com o final da segunda guerra mundial e a descolonização que se seguiu, como decorrência das dificuldades de as potências européias continuarem ocupando territórios distantes. Falidas economicamente, pelos altos endividamentos da guerra, e pela necessidade de reconstrução de seus países, completamente destruídos, essas potências são obrigadas a abandonarem o domínio efetivo que exerciam sobre países africanos e asiáticos.
A região da Palestina era um desses casos. Controlada pelo imperialismo britânico desde que o mesmo substituiu o Império otomano (começo do século XX), e com uma posição estratégica invejável, o território palestino sempre se constituiu em um objeto de interesse das potências ocidentais. Com o fim da guerra e a retirada das tropas britânicas, restava tanto a Inglaterra, como aos Estados Unidos, potência em ascensão e uma das grandes vitoriosas no pós-guerra, encontrarem uma nova forma de exercerem o controle daquelas terras.
O interesse agora era motivado pela necessidade de conter o avanço da influência soviética desde então, e posteriormente, sempre garantindo o apoio aos povos árabes e palestinos. Como historicamente sempre foi alimentada pelos judeus a esperança de um dia ver ocupada a “terra santa”, como uma espécie de vaticínio secular, essa se tornou a melhor estratégia para aqueles países de manterem seu controle e evitarem a ampliação da presença soviética num