História e memória
Essa constatação, a priori, surgiu-me como consequência de práticas de ensino e capacitação de pessoas que atuam na educação basica1 e que recorrem a conceitos inter, multi e transdisciplinares para transpor conhecimentos em sala de aula. Naturalmente que os estudos bibliográficos consolidaram o entendimento do dialogo entre historia e literatura. Pois, na medida em que se produzem continuamente saberes, os historiadores acrescentam novas páginas de conhecimento à memória da sociedade da que fazem parte. A literatura tem utilizado para narrar histórias técnicas diferentes de nós historiadores, utilizando de fantasias que levam as pessoas a não somente ler e decorar aquela passagem, mas a literatura consegue transportar o individuo para aquela época, fazer com que ele sinta os mesmo sentimentos dos personagens.Ressaltando que Literatura vem utilizando mais da história oral e da memória do que a própria Historia. Mas com o surgimento da nova escola começam a surgir historiados que casam a história sem cor com as fantasias coloridas da literatura como o caso de Braudel que consegue em suas obras narrar os fatos acontecidos de forma magistral, onde a história ganha cor, cheiro, brilho e o mais importante vida, pois ela consegue estabelecer uma relação entre leitor e autor, dando detalhes que conseguem teletransportar o leitor para aquele momento. È nesse contexto que iremos discorrer sobre a importância da utilização das duas disciplinas como parceiras e da soberania de cada uma em particular. Para Chartier ( (1990, p. 62-3), todo documento, seja ele literário ou de qualquer outro tipo, é representação do real que se apreende e não se pode desligar de sua realidade de texto construído pautado em