História indígena

Refletindo sobre a historia indígena, não podemos deixar de lado a percepção dos historiadores acerca do papel histórico desempenhado pelos indígenas em nossa história. Sobre essa história, trazemos como hipótese a idéia de que os indígenas foram invisibilizados socialmente e silenciados discursivamente, ou seja, durante muito tempo suas vozes estiveram inaudíveis e suas histórias invisíveis, chegando ao ponto de ser consagrada a idéia de que os índios não são sujeitos ativos da história, mas esta idéia já está sendo superada, embora aos poucos.
Podemos destacar que a história indígena no Brasil foi marcada pelo fato de que os índios não tinham voz nem vez, e pela imposição de uma unidade nacional que excluía a diversidade e enfatizava sob diferentes formas de violência, que os índios deveriam deixar sua cultura nativa, ou seja, deixar de ser índio.
As violência contra os indígenas podem até ter mudado de cara, mas elas não foram extintas, podemos observar isso com os avanços jurídicos conquistados pelos movimentos indígenas, principalmente nas últimas décadas do século XX.
Segundo alguns historiadores quando se trata da relação entre índios e não índios, buscar esse equilíbrio entre igualdade e diferença não é tarefa fácil mas extremamente complexa, principalmente por trazer em seu contexto a ruptura com visões já consagradas na história e que são bastante reproduzidas pela historiografia brasileira.
Nos séculos XIX e XX sob a influencia da teoria de aculturação, permanece a tese de extinção dos povos indígenas. A respeito da extinção, tanto cultural como física do índio, tornou-se para muitos como algo natural, e até mesmo necessário para o desenvolvimento do Brasil.
Existe ainda uma perspectiva que busca naturalizar a violência aos índios. Essa perspectiva elogia aos feitos bandeirantes, considerando que as violências empreendidas contra os índios eram coisas da época, além de serem inevitáveis e necessárias. Essas idéias são transplantadas para os livros