História dos quilombos
A escravidão dos africanos tornou-se um negócio interessante para os portugueses, pois Portugal já tinha um certo domínio das regiões naquele continente e tinha o apoio da Igreja Católica, uma situação bem diferente do que aconteceu com os índios. O tráfico negreiro alavancava diversos aspectos da economia brasileira, como a área naval e a agrícola. A escravidão se transformou em uma vertente da economia muito importante e o tráfico negreiro tornou-se cada vez mais intenso.
Nas fazendas, os escravos eram obrigados a trabalhar na lavoura e viviam nas senzalas, um local que era habitado por todos os escravos. Eles eram obrigados a trabalhar por praticamente todo o dia. Além disso, não tinham uma boa alimentação e nenhuma condição de higiene.
Nesse período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas, selvas ou montanhas. Estes locais eram conhecidos como quilombos, que tem origem nos termos "kilombo" (Quimbundo) ou "ochilombo" Originalmente, designava apenas um lugar de pouso utilizado por populações nômades ou em deslocamento; posteriormente passou a designar também as paragens e acampamentos das caravanas que faziam o comércio de cera, escravos e outros itens cobiçados pelos colonizadores. Foi no Brasil que o termo "quilombo" ganhou o sentido de comunidades autônomas de escravos fugitivos. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, eles plantavam, pescavam e desenvolviam atividades de artesanato para que fossem utilizadas pela comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas. Os Quilombos tinham uma estrutura política aberta e democrática: cada cidade era governada por um rei eleito pelo povo, o rei do quilombo; os mais importantes