História do quilombo Pedra do SaL
No Quilombo Pedra do Sal existe uma comunidade de afrodescendentes quilombolas com identidade formada no símbolo “do porto, do santo e do samba” que no ano de 2005 foi certificada pela Fundação Cultural Palmares - representando o Governo Brasileiro - dando o reconhecimento a esse grupo como legítimos herdeiros dessa identidade de Quilombo Urbano.
Essa história se iniciou a partir da Pedra do Sal (AFRICABAIANACARIOCA) ter sido reconhecida e confirmada em 1984 pelo INEPAC-RJ (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) como patrimônio imaterial da história e cultura do povo negro que por aqui esteve e constituiu sua identidade da herança africana nessa região.
A partir do início da primeira década do novo século XXI a comunidade dos Remanescentes do Quilombo da Pedra do Sal se organizou em torno do Numero 41 da Rua São Francisco da Prainha e iniciou sua principal atividade de recuperação da memória de herdeiros dessa identidade quilombola, com o Projeto “Sal do Samba – Tributo a João da Baiana, Donga, Pixinguinha e Sinhô”. Manifestação cultural desenvolvida ao pé da Pedra do Sal, no Largo João da Baiana.
O Sal do Samba não só era uma roda de samba comemorativa pelo dia 02 de dezembro (Dia Nacional do samba), mas um projeto de memória de envolvimento dos afrodescendentes locais; da recuperação de uma culinária comum aos antepassados dessa identidade rebatizada pelo nome de “Zungú quilombola” – capitaneada pelas mulheres do quilombo - e de uma atividade de visitação (Turismo étnico) promovendo uma discussão local da herança africana contada pelos quilombolas com base nos símbolos que lhe retornou a atividade de consciência e luta: O Porto, o Santo e do Samba.
Texto/Pesquisa
Porfº. Luiz Carlos Torres
Historiador Quilombola.