África e Quilombo dos Palmares
O continente africano é um mosaico de culturas, raças, línguas, crenças religiosas, civilizações que vão evoluindo, excluindo ou mesclando no tempo e no espaço. Informações mais antigas referem-se ao Egito, onde há 5.000 anos floresceu uma civilização que durou mais de 2.000 anos. Deixou marcas de sua grandeza, como os túmulos reais (pirâmides) e as pinturas.
Contatos de outros continentes:
Pelos mares do Mediterrâneo e Vermelho:
Pelo mar Vermelho, cerca de 500 a.C., tribos semitas (descendentes de Sem, filho mais velho de Noé), vieram da Península Arábica e entraram no continente africano. Os mercadores da Península Arábica tinham acesso ao nordeste da África desde o tempo do Império Egípcio.
Séculos antes de Cristo, fenícios e gregos circulavam pelo Mediterrâneo. Depois, o Império Romano que o controlou, no ano 100, já havia cristãos em Alexandria, no Egito. Os povos germânicos dominaram o Império Romano e conseqüentemente os portos do norte da África. No século VII foi a vez dos árabes se espalharem por essa área, onde hoje se localiza a Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos, pregando o islamismo, religião fundada por Maomé, baseada no Alcorão (livro sagrado dos judeus). Enfim, pelos portos do mar Vermelho e pelo canal de Suez, tanto cristãos como árabes penetraram o continente africano, mantendo com ele relações duradouras. O islã também foi difundido por comerciantes onde hoje é o Sudão, Chade, Níger, Mali, Burkina Fasso, Mauritânia e Saara Ocidental. Região que antigamente se formaram o Império de Gana (séc. VI a XIII), Mali (séc.XIII a XVII) e Songai (séc. XVII e XVIII).
No atual Mali, em cidades onde as terras eram mais férteis, eram pontos de descanso dos comerciantes em suas caravanas. Em Tombuctu, por exemplo, várias rotas comerciais se encontravam, foi considerado o elo entre a África negra, o mundo muçulmano e a Europa, e também o centro dos Impérios que ali existiram. Os mercadores buscavam na África mercadorias como o sal, ouro, tecidos,