História de quilombos
No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.
Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura afro-brasileira.
Pesquisas sobre a relação entre Quilombo e Favela
“O QUILOMBO ESTÁ PARA O IMPÉRIO ASSIM COMO A FAVELA ESTÁ PARA O SISTEMA REPUBLICANO. AMBOS ABRIGAM UMA MAIORIA NEGRA”
Os quilombolas foram perseguidos pelos capitães-de-mato, representação do uso da força no império, enquanto as favelas, historicamente, são consideradas caso de polícia. Então, violência, deturpação do direito da pessoa, construção da cidadania, acesso restrito à cidade, qualidade de vida inadequada, falta de justiça social e preconceitos de toda ordem são alguns dos operadores simbólicos ou materializados na vida de pobres urbanos, que nos permitem fazer a ligação entre o quilombo e a favela.
O quilombo de Mangaratiba, Marambaia.
A Comunidade Remanescente de Quilombo da Ilha da Marambaia está localizada no litoral de Mangaratiba (RJ), em uma área considerada de segurança nacional e controlada por militares. Distribuídas pelos dois pontos extremos da ilha, as antigas casas de alvenaria e estuque abrigam uma população de cerca de noventa famílias descendentes, direta ou indiretamente por meio dos casamentos, de escravos. Durante o período da escravidão, a ilha