História dos Quilombos no Brasil
No Brasil a palavra “quilombo” que se refere ao lugar dos escravos refugiados, é derivada das palavras “kilombo” da língua Quimbundo e “ochilombo” da língua Umbundo, em determinados lugares do Brasil os Quilombos são chamados de Mocambos.
Por volta dos séculos XVII e XVIII, os escravos começaram a se refugiar nos quilombos que encontravam-se no meio das matas, assim dificultando o acesso e a recaptura dos quilombolas ou índios e foragidos da lei (pessoas que também passaram a habitar os quilombos).
Nos quilombos brasileiros os moradores viviam de acordo com a cultura africana, em alguns quilombos tentaram a introdução de reis tribais, eram voltados para o economia de subsistência e raramente para o comercio, quando o quilombo se desenvolvia bem se tornava uma aldeia.
Alagoas, Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo são as estados brasileiros que tem mais registro de quilombos. O Quilombo de Palmares, localizado em Alagoas foi o quilombo que mais abriu refugiados durante a Invasão Holandesa, por volta de 1670, já estavam numa estimativa de 50 mil refugiados.
“Estes, também conhecidos como quilombolas, costumavam pegar alimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes em regiões próximas; situação que incomodava os habitantes.
Esta situação fez com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os serviços do bandeirante Domingos Jorge Velho.
A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos; contudo, apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi, eles, por fim, foram derrotados.”
Após a abolição da escravatura em 1888, os quilombos em lugares afastados estão sendo mantidos até hoje, existem cerca de 1.500 registrados pela Fundação Palmares.