História do papel

Antes do Papel
Das paredes das rochas das cavernas ao atual papel de escrita, percorreu-se um longo caminho no registro das experiências humanas.
Antes do fabrico do papel, muitos povos utilizaram formas curiosas de se expressarem através da escrita.

À beira do mar os homens usavam ossos de baleia, conchas e cascos de tartaruga para escrever, nas regiões geladas usavam dentes de focas, nos desertos, peles de cabra ou de camelo.
Para os egípcios era importante que seus monumentos durassem para sempre, por isso escolheram a pedra para escrever, os seus vizinhos, os babilônicos, escolheram o barro, que podia ser modelado em pequenas lajotas, fáceis de transportar. Na Ásia usavam folhas de árvores, inclusive de palmeiras, e é por esse motivo que as nossas folhas de papel se chamam assim.
Os polinésios e havaianos, desde a pré-história usavam uma entrecasca de árvore que ficou conhecida como tapa, muito parecido com o tururi que os índios Ticuna preparam no Brasil usando a entrecasca de árvores do tipo ficus. Cortando o tronco da árvore e golpeando com macetes de madeira a entrecasca se separa. Ela é lavada e cortada. Com ela os ticunas preparam roupas, rituais e também muitos artefatos utilitários. Hoje fazem também produção para turistas.
O tururi é uma espécie de palmácea originária da palmeira popularmente conhecida como buçu, cujas fibras entrelaçadas são extraídas do cacho de frutos.

Também de entrecasca era feito pelos maias um material com o qual eles escreviam e guardavam os seus conhecimentos em matemática, astronomia e medicina. Hoje este conhecimento sobrevive através dos índios Otomi, no México. Este material se chama amatl. O amate é este material com as pinturas típicas mexicanas.
Os astecas também faziam seus livros ilustrados com esse material, onde guardavam seus conhecimentos de astronomia, astrologia, medicina, matemática, além de sua rica literatura. Infelizmente esses livros, que eram muitos, foram destruídos, e hoje só resta uma