HISTÓRIA DA LEITURA NO MUNDO OCIDENTAL 1
CAVALLO,Guglielmo e CHARTIER Roger.COSTA, História da leitura no mundo ocidental 1/ traduzido por Fulvia M.L.Moretto (italiano),Guacira Marcondes Machado (francês).José Antônio de Macedo Soares(inglês). – EsCRIt:
Coleção múltiplas escritas.
Em ler, escrever, interpretar o texto: práticas monásticas na alta idade média, primeiramente o autor aponta quatro funções dos estudos gramaticais que fazia parte da tradição de leitura na alta idade média. O lectio, era o processo pelo o leitor tinha que decifrar o texto, Emendatio, era a prática requerida pelas realidades da transmissão de manuscritos, exigia que o leitor corrigisse seu texto contido no seu exemplar. Enarratio, leva a tarefa de reconhecer as características do vocabulário, de interpretar o conteúdo do texto; e por fim o judicium que consistia no exercício de avaliar as qualidades estéticas ou valor moral e filosófico do texto na faze inicial da alta idade média as gramáticas ajudavam muito o leitor na análise do texto e na identificação dos elementos do latim. Neste período os manuscritos eram copiados sem espaços separando as palavras e sem pausas entre os parágrafos do texto. Com isso, professores e escritores cristãos associavam a tradição de conhecimento gramatical as interpretação das escrituras. A leitura passa a ser então a salvação da própria alma, o livro de Salomão passou a ser a “cartilha” para ensinar a ler e a escrever. Em relação ao ato de ler, na alta idade média, a antiga arte da leitura em voz alta sobreviveu apenas na liturgia, a leitura silenciosa assegurava a melhor compreensão do texto de acordo com Isidorio de Sevilha. Contudo, observa-se uma mudança profunda da atitude em relação a escrita esta havia tido um papel crucial na manutenção das tradições ortodoxas da Igreja, a escrita passa a ser uma linguagem invisível capaz de transmitir algo de forma direta para a m ente por