História da escravidão
1.1 TENTATIVA DE ESCRAVIZAÇÃO DOS INDÍGENAS
Durante o período pré-colonial, os portugueses, com a colaboração dos índios, exploraram o pau-brasil, matéria-prima que era abundante na Mata Atlântica naquele período. Em troca de mercadorias europeias baratas, os índios extraíam e carregavam o pau-brasil até o litoral; esse tipo de comércio era denominado escambo.
Ao conhecerem um pouco mais de como viviam os indígenas, com costumes estranhos ou desaprovados pelos europeus, como por exemplo, o antropofagismo, que consistia em consumir partes de outros seres humanos, os portugueses passam a desconfiar dos mesmos. Quando não conseguem mais a colaboração dos índios para extração do pau-brasil, tentam escravizá-los lhes impondo sua cultura e religião, através dos jesuítas que os catequizaram, e obrigando-os ao trabalho nas lavouras, pois não dispunham de mão de obra. Assim, iniciou-se a escravidão no Brasil.
Todos os grupos indígenas reagiram e resistiram aos colonizadores até a morte, ou fugiram para regiões distantes, pois não aceitavam o trabalho obrigatório. Por sua vez, os índios escravizados eram explorados sobremaneira e morriam, mas não somente pelos maus tratos sofridos, morriam pelo contágio de doenças até então desconhecidas, que foram trazidas pelos colonos europeus.
Como não tiveram êxito em sua tentativa de colonização dos indígenas, os colonizadores foram buscar mão de obra no continente africano. Com o intuito de angariar altos lucros com a nova colônia, os portugueses investiram na atividade açucareira, uma vez que este produto tinha ampla aceitação no mercado europeu; no entanto, a produção do açúcar demandava numerosa mão de obra na colônia, e os portugueses encontraram no tráfico de escravos africanos, um negócio rentável; assim foram inseridos os escravos africanos, no então Brasil colônia, contudo a escravidão dos nativos perdurou ainda até meados do século XVIII.
A ESCRAVIZAÇÃO DOS NEGROS
O transporte de escravos era