historiografia

HISTORIOGRAFIA E TEORIA DA HISTÓRIA

Qual a relação entre narrativa e ficção proposta por Hayden White?

O crítico literário Hayden White foi um dos responsáveis pelo debate que veementemente foi travado em torno da não distinção entre História e ficção.
Para White, esse critico literário não reluta em considerar as narrativas históricas como ficções verbais, já que esses conteúdos são tão inventados como achados .
Afirma também que o próprio passado é uma construção que se forma durante a escrita e a narrativa, transformando e considerando diferentes formas de imaginação de textos e interpretações entre historiadores, tornando incompatíveis a história narrativa e história científica.
Com tudo isso, White, afirma que os textos históricos recebem uma forma segundo o tipo de história que o autor quer contar, há presença da ficção da história não significa a impossibilidade de sabermos a verdade sobre o passado.
E apesar das controversas afirmações de Hayden White de que o conhecimento histórico não é mais verdadeiro que um romance, é preciso lembrar que o conhecimento promovido pela narrativa historiográfica se move dentro do verossímil, pois como nos lembra Arnaldo Momigliano “o historiador não apenas deve dar um sentido aos eventos, mas deve também certificar-se de que tenha ocorrido mesmo um evento” (MOMIGLIANO Apud GINZBURG, 2002, p 61.).
Tudo porque a história que não é o passado desenrolado, vivenciado e experimentado só pode ser lida, mas, sobretudo, antes disso, precisa ser escrita.
Portanto, a re-experiência com a história é dependente do modo diferenciado com que lidamos com a linguagem.
A problemática de White se desenrola justamente sobre o uso que o historiador faz da linguagem como mediação para o conhecimento histórico e para a representação do passado.

Referencias bibliográficas

GINZBURG, Carlo. Relações de Força: História, retórica, prova. São Paulo:
Companhia das Letras, 2002.
RODRIGUES, R.C.B. Historiografia e