Historicamente como se desenvolveu o conceito de infancia
Na Idade Média a criança não tinha um tratamento diferenciado. Não havia uma separação do que seria adequado a uma criança e o que seria específico para os adultos.
As crianças só recebiam tratamento especial nos primeiros anos de vida, enquanto ainda dependiam dos cuidados das mães ou das amas. Essas crianças passavam do desmame tardio para o mundo dos adultos.
Por volta do seculo XII a sociedade européia medieval, não retratava as crianças em seus quadros. A explicação para essa falta de atenção com relação a infância, era pela baixa expectativa de vida que as crianças tinham na Idade Média, fazendo com que os mais velhos não se permitissem grandes apegos.
Quando as crianças eram retratadas, eram representadas não como crianças, mas como anões, usando trajes adultos que impediam os garotos e garotas de se movimentarem livremente como os vemos fazer nos dias de hoje.
As crianças eram tratadas como adultos em tamanho menor. Não havia conceito de privacidade. Assuntos e brincadeiras sexuais envolviam crianças e adultos. Não havia uma definição de infância.
Na sociedade medieval o sentimento de infância não existia, o que não quer dizer que elas fossem desprezadas. Faltava a consciência da particularidade infantil.
A infância é um conceito que começou a se desenvolver a partir dos seculos XVI e XVIII, através da Revolução Educacional.
Ela agiu de tres formas diferentes na sociedade propiciando uma mudança na forma como se enxergava a infância antigamente. Primeiro, incentivou a separação de uma parte do processo da vida como um estágio imaturo, ainda por se desenvolver; o segundo, a separação física destes que se encontravam na fase imatura para que, submetidos aos cuidados de especialistas, se desenvolvessem; o terceiro, conferir a família a responsabilidade de supervisionar esta fase educacional.
A Igreja, por se interessar em que as crianças aprendessem formalmente os preceitos religiosos,