história da brincar
A história da Educação Infantil está ligada diretamente “com as mudanças ocorridas nos diversos setores sociais” (FARIAS; p.33, 2005). Estas mudanças aconteceram, pois o mercado de trabalho modificou com a participação do público feminino. Sua relação familiar mudou, as crianças precisavam de um lugar para ficar enquanto suas mães trabalhavam nas empresas da época.
Nos dias atuais entendemos a infância como um período da vida que a criança vive sua própria história, cria seu mundo imaginário. Porém nem sempre foi assim, a concepção de infância é entendida a partir de relatos feita por adultos. Segundo Philippe Aries, (1981), o conceito que temos de infância foi historicamente construído.
Para Ariés (1981), a infância era desconhecida pela arte medieval, não havia lugar para a infância. As crianças eram tratadas iguais aos adultos, não existia um carinho, um cuidado especial pelos pequenos, o que os diferenciava era apenas o tamanho, “no mundo das fórmulas românticas, e até do fim do século XIII, não existem crianças caracterizadas por uma expressão particular, e sim homens de tamanho reduzido” (ARIES, p.51).
As crianças eram tratadas como adultas, por seu desenvolvimento estar mais estimulado. Conviviam com pessoas mais velhas em certa comunidade, a partir das trocas de experiências, iam interiorizando os costumes, os valores daquele grupo.
Segundo Fantin, a criança era vista como um adulto em miniatura e não era considerada nas especificidades e necessidades que lhes são próprias. E somente no século XVII que aparece a descoberta da infância. Sendo que era considerada uma invenção moderna.
Como visto o sentimento de infância era inexistente em tempos antigos ou na Idade Média, a criança era um ser sem voz.
Com a descoberta da infância uma nova imagem da criança vai se constituindo, onde o brincar ganha lugar como atividade típica da infância, onde antes não havia uma distinção claramente definida. Os adultos