Historia do tuxás
A memória Tuxá registra particularmente episódios ligados à ocupação holandesa, destacando a figura de Francisco Rodelas, considerado o seu primeiro cacique, e que teria lutado ao lado de Felípe Camarão. Daquelas missões, a de São João Batísta de Rodelas é a única que resistiu até os dias atuais, sendo muito provável que tenha se constituído num polo de convergência para outras etnias, oriundas de outros aldeamentos, como indicam alguns relatos, correntes entre os Tuxá. Tais relatos também dão conta da posse por parte destes índios de cerca de trinta ilhas próximas a Rodelas, que foram perdendo pouco a pouco, devido ao violento processo de usurpação, até ficarem sem nenhuma delas. Apenas na década de quarenta deste século, graças a gestões desenvolvidas pelas suas lideranças junto ao poder público, conseguiram readquirir o controle sobre uma delas, a Ilha da Viúva. Após longo período de constantes atritos entre índios e nacionais em Rodelas, chegou-se nos últimos 15 anos a uma situação de estabilidade, prevalecendo hoje relações amistosas entre as duas etnias. Os índios enfrentam, contudo o problema da extrema exiguidade do seu espaço agrícola, que os tem levado a procurar fora, alternativas de ocupação da mão-de-obra excedente, através do trabalho assalariado. Conforme dados disponíveis no Posto Indígena Rodelas, existem hoje 850 indivíduos Tuxá, número este que inclui todos os índios oficialmente assistidos pela FUNAI, ou seja, todos aqueles que residem hoje na ‘aldeia’, e mais boa parte dos que migraram. Os deslocamentos migratórios têm como principais pólos de atração áreas agrícolas próximas, e a cidade de São Paulo.
4 Língua
É desconhecida a filiação lingüística dos Tuxá, supondo-se que a sua língua original fosse uma