historia da loucura
Foucault inicia sua crítica retratando a lepra, com suas denominações lingüísticas e repressivas ao mesmo tempo a partir dos significados como sendo a encarnação exemplar do mal e a representando do castigo divino, seu tratamento é a segregação forçada, no entanto a lepra se espalha causando pavor e sentenciando seus portadores a exclusão.
No tratamento da sociedade havia uma desumanidade na relação das cidades com a lepra. Do século XIV ao XVII, a lepra vai reivindicar uma forma nova de libertação, purificação e exclusão, uma vez que a doença era a encarnação do mal.
Os leprosários não são mais os lugares de exclusão e renúncia da vida, onde os leprosos eram levados embora, com a intenção de purificar as cidades, passa a ser aplicados métodos administrativos e médicos dentro dessas cassas de saúde (hospitais) salvando vidas. Onde varias regiões e lugares começaram a imitar o exemplo francês de administração dos leprosários.
Com o fim das cruzadas, ocorreu o desaparecimento da lepra, mas isso, não significa o efeito das práticas médicas na cura, mas foi a consequência de uma segregação espontânea.
As estruturas que serviam de abrigo para os leprosos permaneceram vazias a espera de um novo fenômeno social, para ocupar um lugar de destaque. Inicialmente a lepra foi substituída pelas doenças venéreas e depois sem dificuldade alguma nasce uma nova lepra, que toma o, lugar da primeira.
O fenômeno da loucura só vai reivindicar o seu lugar de fato e de direito, como uma reação de divisão, de exclusão e purificação dos ambientes sociais, por volta da metade do século XVII. No momento do enfoque da realidade do final da idade média até o momento do olhar médico sobre o fenômeno da