historia da fisio
1964, quando o INAR transformou em Instituto de Reabilitação – IR foram criados os primeiros cursos superiores de Fisioterapia. Porém, Parecer 388/63 do Conselho
Federal de Educação atribui ao fi sioterapeuta o caráter de auxiliar médico, defi nindo que lhe compete apenas a realização de tarefas de caráter terapêutico, sob a orientação e responsabilidade do médico. É necessário traçar breve comentário sobre essas considerações, pois o teor das mesmas evidencia que a denominação de “técnicos” sugere uma intencionalidade em limitar a ação e a autonomia desses profi ssionais, já que os mesmos deveriam ater-se, apenas, a executar o que fosse determinado pelos médicos. Essa gênese, não se restringiu apenas aos conteúdos e organização curriculares, mas alcançou a legislação que, mesmo tendo avançado posteriormente em termos de expressar autonomia, manteve, e ainda mantém, a dependência daqueles que desejam se manter no controle das ações em saúde.
Esse mesmo parecer deixava claro que para a reabilitação era necessário um trabalho em equipe. Porém, arbitrariamente, designava o médico como responsável pelos demais profi ssionais, limitando as ações dos mesmos, implicitamente inferindo que não teriam competências para tal. Também é possível observar a forte infl uência dessa legislação sobre a determinação e manutenção da concepção do que seja o objeto de trabalho do fi sioterapeuta. Como instrumento legal, esses documentos orientam modelos, práticas de atuação e estabelecem defi nições, infl uindo na própria concepção do trabalho profi ssional e, até mesmo, nas áreas de conhecimento a ele relacionadas (Sanchez, 1984).
A prática dos fi sioterapeutas tem consistido em assistência à doença, ocorrendo de forma fragmentada por áreas específi cas de conhecimento e, de maneira geral,