Hierofania
Onde a hierofania se manifesta?
Defina a noção de centro apresentada por Eliade.
Qual a diferença entre o espaço sagrado e o espaço profano
A hierofania revela um “ponto fixo” absoluto, um “Centro”.
Segundo Eliade (1986), a revelação de um espaço sagrado permite que se obtenha um “ponto fixo”, possibilitando, portanto, a orientação na homogeneidade caótica, a “fundação do mundo”, o viver real.
Todo espaço sagrado implica uma hierofania, uma irrupção do sagrado que tem como resultado destacar um território do meio cósmico que o envolve e o torna qualitativamente diferente espaço sagrado. Lá onde, por meio de uma hierofania, se efetuou a rotura dos níveis, operou se ao mesmo tempo uma “abertura” em cima (o mundo divino) ou embaixo (as regiões inferiores, o mundo dos mortos). Os três níveis cósmicos – Terra, Céu, regiões inferiores – tornaram-se comunicantes.
Um lugar sagrado constitui uma rotura na homogeneidade do espaço; essa rotura é simbolizada por uma “abertura”, pela qual se tornou possível a passagem de uma região cósmica a outra do Céu à Terra e vice-versa; da Terra para o mundo inferior); à comunicação com o Céu é expressa indiferentemente por certo número de imagens referentes todas elas ao Axis mundi: pilar, escada, montanha, árvore, cipós etc.; em torno desse eixo cósmico estende se o “Mundo” (“nosso mundo”) – logo, o eixo encontra-se “ao meio”, no “umbigo da Terra”, é o Centro do mundo o “verdadeiro mundo” se encontra sempre no “ meio”, no “Centro”, pois é aí que há rotura de nível, comunicação entre as três zonas cósmicas.
Um Universo origina se a partir do seu Centro, estende se a partir de um ponto central que é como o seu “umbigo”.
Do espaço sagrado tem um valor existencial para o homem religioso; porque nada pode começar, nada se pode fazer sem uma orientação prévia – e toda orientação implica a aquisição de um ponto fixo. É por essa razão que o homem religioso sempre se esforçou por estabelecer se no “Centro do