Brahms - Ein Deutsches Requiem
HISTÓRIA DA MÚSICA III
PROFESSOR: PAULO PELOSO
ANTONIO GUIMARÃES NETO - DRE 108012989
BRAHMS - EIN DEUTSCHES REQUIEM:
UM REQUIEM PARA OS VIVOS
Rio de Janeiro, 25 de maio de 2010
INTRODUÇÃO
Réquiem, no rito católico romano, é uma missa votiva em nome dos mortos.
Pode ser cantada no dia do enterro e em aniversários subseqüentes, bem como no terceiro, sétimo e trigésimo dia após o enterro (No século IV as comemorações ocorriam no nono e no quadragésimo dia em alguns lugares). É celebrada também em memória dos defuntos no Dia de Finados, dois de novembro. A palavra originada do latim significa “descanso” e é derivada da primeira palavra do introi tus
da
missa.
(Grove)
Réquiem ætérnam dona ei(s), Domine;
Conceda à ele(s) o descanso eterno, ó
Senhor;
Et Lux pérpetua lúceat ei(s).
E que a luz perpétua o(s) ilumine.
É notável a grande quantidade de composições inspiradas na Missa de
Requiem. Originalmente, o Réquiem era executado em serviço da liturgia, com canto monofônico. Posteriormente, o caráter dramático do texto começou a apelar de tal forma para os compositores que eles fizeram do Réquiem um gênero próprio, originando até mesmo composições essencialmente para concertos, sem nenhum caráter litúrgico, à exemplo do Réquiem Alemão.
“Como dá a entender o título Deutsches Requiem, a obra não tem relação com a liturgia romana. É “alemão” sem qualquer sentido nacionalista, mas porque está enraizado na linguagem da Bíblia luterana e é ímpar entre os réquiens por não representar uma prece pelos mortos.” (MACDONALD, 1993, p. 179)
Apesar de não apresentar uma prece pelos mortos, há vestígios de que o
Réquiem de Brahms tenha saído do papel principalmente devido à morte de sua mãe Christiane Brahms. Clara Schumann certa vez afirmou à Florence May (apud
MACDONALD, 1993, p. 179): “Todos nós achamos que ele o compôs em memória dela, embora ele nunca tenha dito isso