Perguntas Relacionadas ao Livro "Tratado de História das Religiões" de Mircea Eliade
As hierofanias lunares representam o ritmo da vida: patético e não linear.
“O Sol permanece sempre igual, sem qualquer espécie de ‘devir’. A Lua, em contrapartida, é um abstrato que cresce, decresce e desaparece, um astro cuja vida está submetida à lei universal do devir, do nascimento e da morte. Como o homem, a Lua tem uma ‘história’ patética, porque a sua decrepitude, como a daquele, termina em morte.” (p.127).
2. Descreva relações que Eliade estabelece entre a hierofania da água e a vida.
A relação entre a água e a vida é restrita. Nas sociedades antigas havia maior dificuldade de armazenar água. Dependendo do armazenamento, a água transformava: percepção de vida.
“Numa fórmula sumária, poder-se-ia dizer que as águas simbolizam a totalidade das virtualidades; elas são fons et origo, a matriz de todas as possibilidades de existência. ‘Água, tu é a fonte de todas as coisas e de toda existência!’, diz um texto indiano, sintetizando a longa tradição védica. As águas são o fundamento do mundo inteiro, elas são a essência da vegetação, o elixir da imortalidade; semelhantes à amrita, elas asseguram longa vida, força criadora e são o princípio de toda cura, etc. ‘Que as águas nos tragam o bem-estar!’, suplicava o sacerdote védico, ‘As águas, em verdade, curam, elas expulsam e curam todas as doenças!’” (p.153).
3. Discorra sobre a importância da expressão "centro do mundo" para
Eliade.
“(...) o ‘centro do mundo’ pode ser consagrado ritualmente numa infinidade de pontos geográficos sem que a autenticidade de cada um prejudique a dos outros.” (p.188).
“(...) o mundus não é um túmulo, mas o seu simbolismo permite-nos compreender melhor a função análoga desempenhada pela omphalós: as suas eventuais origens funerárias não contrariam a sua qualidade de ‘centro’. O lugar onde a comunicação com o mundo dos mortos e o dos deuses subterrâneos se podia fazer